quarta-feira, 16 de novembro de 2016

Redação 7 - Bullying


Você faz parte do corpo docente de uma escola secundária e foi convidado pelo diretor a redigir uma carta dirigida aos professores. O objetivo é tratar o tema do Bullying, explicar seu alcance na era digital e qual papel deve desempenhar a comunidade escolar a fim de ajudar as vítimas de assédio.  Mínimo 250 palavras.

Redação 8 - Leitura e Tecnologia


Você é escritor e foi convidado a redigir um artigo de opinião sobre o tema "leitura e tecnologia" para uma revista de circulação nacional. Em seu texto, discuta as perspectivas de Philip Roth e de Robert Darnton e posicione-se a respeito do tema. Mínimo 250 palavras. (Texto - Celpe-Bras 2014/2)



Philip Roth: "A cultura literária vai acabar em 20 anos". O Futuro do Livro: Robert Darnton
O escritor americano afirma que a tecnologia deve acabar com o livro em papel e que a literatura tende a perder a influência na formação dos jovens. Aos 78 anos, 52 de carreira, ele é tido por críticos respeitados como o maior escritor vivo e figura há décadas na lista de possíveis ganhadores do Prêmio Nobel. É o único autor vivo a merecer a edição de suas obras na editora The Library of America, dedicada a escritores consagrados. Sob sua supervisão, o nono e último volume com os romances curtos deverá sair em 2013. Dele fará parte Nêmesis, seu 22º romance, recém-lançado no Brasil.

ÉPOCA - Não há nenhum computador nesta sala. O que o senhor pensa sobre os avanços tecnológicos como tablets e e-readers? Eles melhoram a compreensão do mundo?
Philip Roth - Não sou fanático por tecnologia. Tenho o mesmo telefone celular há anos e não pretendo trocá-lo. Escrevo em computador, como fiz antes com a máquina de escrever. É óbvio que as máquinas facilitam a finalização de um texto. Só que as coisas estão se transformando muito rapidamente para meu gosto. Não consigo achar graça em ler livros em formato eletrônico em e-reader. Outro dia passei numa loja Apple com a forte disposição de comprar um iPad. Cheguei lá, vi tanta gente se acotovelando para ver como funcionava o aparelho e cheguei a testá-lo. Acabei desistindo. Não sei por que, mas o iPad não me convenceu, talvez porque pareça chato escrever nele, e ler nele é dispersivo. Quem vai conseguir ler um livro inteiro meu naquele tablet? É mais um totem do culto à tecnologia. Hoje, toda a cultura se encontra a nossa disposição. E isso me preocupa. A cultura literária como conhecemos vai acabar em 20 anos. Ela já está agonizando. Obras de ficção não despertam mais interesse nos jovens, e tenho a impressão de que não são mais lidas. Hoje, a atenção é voltada para o mais novo celular, o mais novo tablet. Daqui a poucas décadas, a relação do público e do escritor com a cultura será muito diferente. Não sei como será, mas os livros em papel vão acabar. Surgirá outro tipo de literatura, com recursos audiovisuais e o que mais inventarem.


"Mas as pessoas dizem que o futuro é digital. Claro que é digital. O presente também é digital."
Quando o assunto é a especulação a respeito do futuro do livro, é difícil não ouvir aquela já batida pergunta: “o livro digital vai matar o livro físico?”. Mas por que um deve necessariamente aniquilar o outro? Não seria possível haver uma coexistência? Robert Darnton, historiador e diretor da biblioteca de Harvard, a maior biblioteca universitária do mundo, não só defende a ideia de que os dois podem coexistir, mas que são complementares, que um reforça o outro. Darnton não é só conhecido como um grande historiador norte-americano, mas também como um dos pioneiros na área da história do livro. Um de seus livros, “A Questão dos Livros – passado, presente e futuro” (The Case for Books, 2010), traduzido por Daniel Pellizzari e lançado pela Companhia das Letras, aborda justamente este questionamento a respeito do futuro dos livros. Mesmo com o barulho em torno dos livros digitais, sabemos que eles vão conviver um bom tempo com os livros em papel. Quais as principais questões que ainda não mereceram a devida atenção quando se fala nisso?

Darnton - Tenho sido convidado para tantas conferências sobre a morte do livro que acredito que o livro está muito mais vivo. Tenho algumas estatísticas sobre a produção de livros: a produção de livros impressos aumenta a cada ano e, em breve, teremos 1 milhão de títulos novos a cada ano. Sei que no Brasil o mercado editorial está florescendo. Portanto, a ideia de que o livro morreu me parece absurda. Contudo, levo a sério o fato de que livros eletrônicos são a onda do futuro. E como conduzir essa transição de um mundo onde o livro impresso é dominante para um futuro onde os livros digitais dominarão? Estamos passando por um tipo de fase de transição onde ambos vão conviver. E isso, para mim, é o momento mais excitante e interessante, porque podemos trabalhar em novos tipos de livros, depois de repensar a noção do que é um livro. Como escritor, acho que eles são complementares, e não contraditórios. Se você analisar a História da Comunicação, descobrirá que uma mídia não toma o lugar da outra, elas vivem num tipo de co-habitação, que é mutuamente benéfica. Aprendemos que, no tempo de Gutenberg, apesar de sabermos que a impressão foi uma tremenda nova força, os livros manuscritos, que tinham uma tradição de 100, 200 cópias, permaneceram. Ambos reforçaram um ao outro, por serem incomparáveis. E agora temos isso novamente, com o livro impresso e eletrônico a se reforçarem. 

Redação 6 - Conflitos no trabalho


Na empresa onde você trabalha têm ocorrido muitos desentendimentos tanto entre os chefes e seus subordinados quanto com os colegas entre si, o que está afetando a qualidade do trabalho e prejudicando o andamento dos negócios. Como um dos responsáveis do departamento de Recursos Humanos, você ficou encarregado de redigir um texto fazendo uma chamada ao bom senso, propondo atitudes para uma boa convivência e solução de conflitos baseadas nas dicas da jornalista Inácia Soares. Mínimo 250 palavras.  

Redação 5 - No fundo do poço


Você está tendo um conflito muito difícil de resolver com um familiar, o/a namorado/a ou um vizinho. Sem saber com quem conversar e desejando manter sigilo, você decidiu escrever a um consultório de atendimento psicológico on-line. Descreva seu problema, a origem e duração do conflito, o comportamento das pessoas envolvidas e o que você já fez para tentar resolver o conflito. Peça ajuda para resolver essa encruzilhada. Mínimo 250 palavras.

Redação 4 - Música brasileira

Você foi convidado por uma universidade para dar uma palestra sobre música brasileira a alunos de Belas Artes. Como o assunto é muito amplo, você precisa selecionar um ou dois gêneros e dar uma ideia de suas características gerais, os instrumentos utilizados, a origem de seu nome, seu contexto histórico-geográfico-social, o perfil de seus consumidores, além de fazer uma crítica pessoal ao gênero escolhido. Convide os alunos a conhecerem e ouvirem o(s) gênero(s) escolhido(s). Mínimo 250 palavras.

Redação 3 - Cantor no Brasil


Um cantor ou uma banda de seu país vai se apresentar no Brasil. Apresente-o/a ao público brasileiro contando um pouco de sua história, sua carreira, seu estilo, sua canção mais famosa, a qualidade de sua música. Explique por que tal artista emociona você ou por que você o considera um grande músico. Deixe seu leitor com água na boca, morrendo de vontade de ir ao show. Seu texto será publicado num encarte cultural de linguagem bem despojada. Mínimo 250 palavras.

Redação 2 - Pisando na bola


Você foi convidado a escrever um artigo para os alunos da Casa do Brasil sobre os falsos amigos entre o português e sua língua. Conte algumas gafes que você ou alguém que você conhece cometeu por usar o vocabulário errado, por ter uma pronúncia inadequada, enganar-se num tempo verbal ou se comportar fora dos padrões culturais. Dê dicas para que os colegas não sofram constrangimentos, evitem o ‘portunhol’ e usem melhor o idioma. Mínimo 250 palavras.

Redação 1 - Bem-vindos!


Vários estudantes irão ao seu país para um intercâmbio e, obviamente, passarão por situações formais e informais. Como membro da equipe de recepção, você está encarregado de informá-los sobre a cultura local. Ouça a entrevista Sotaque Cultural (4:36) com o professor Nelson Viana e escreva-lhes um mail de boas-vindas dando conselhos sobre horários, comportamento e a importância de adaptar-se ao ‘sotaque cultural’ do país, evitando mal-entendidos como o mencionado no áudio. Mínimo 250 palavras.