quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Meu limão, meu limoeiro



Meu limão, meu limoeiro
Meu pé de jacarandá
Uma vez tin-do-lelê
Outra vez tin-do-lalá
Morena, minha morena
Corpo de linha torcida
Queira Deus você não seja
Perdição da minha vida
Meu limão, meu limoeiro
Meu pé de jacarandá
Uma vez tin-do-lelê
Outra vez tin-do-lalá
Quem tem amores não dorme
Nem de noite nem de dia
Dá tantas voltas na cama
Como peixe n´água fria
Meu limão, meu limoeiro
Meu pé de jacarandá
Uma vez tin-do-lelê
Outra vez tin-do-lalá
A folhinha do alecrim
Cheira mais quando pisada
Há muita gente que é assim,
Quer mais bem, se desprezada
Meu limão, meu limoeiro
Meu pé de jacarandá
Uma vez tin-do-lelê
Outra vez tin-do-lalá

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Forró

Somos Todos Poliglotas


As línguas do Brasil

Leandro Narloch
Árabe, iorubá, tupi, cantonês, catalão, provençal. A cada vez que você abre a boca para falar o bom e velho português brasileiro, acaba soltando palavras dessas línguas e de outras 30. Isso por baixo, já que ninguém sabe ao certo quantas línguas tiveram termos aportuguesados desde o ano 218 a.C., quando os romanos apareceram na Península Ibérica e começaram a formar o que seria a língua portuguesa.

"Todas as línguas e culturas do mundo vivem do contato e do diálogo", diz Caetano Galindo, professor de Filologia da Universidade Federal do Paraná. As palavras estrangeiras aportuguesadas são como fósseis: contam a história dos povos que conviveram com quem falava a "língua de Camões". Povos em florescimento artístico deixaram termos sobre espetáculos e cultura. É o caso do italiano. Povos guerreiros enriqueceram o nosso vocabulário sobre a guerra. "Canivete", "bando", "trégua" e a própria "guerra" vieram dos bárbaros germânicos (suevos e visigodos), que dominaram a Península Ibérica entre os séculos V e VII.

Os árabes, que expulsaram os germânicos em 711 e permaneceram na península por 300 anos, também entendiam de guerra e nos deram mais termos bélicos. Mas sua maior contribuição ao português foi de termos relacionados à tecnologia – na época, sua civilização era tecnicamente muito superior à europeia. As novidades que eles levaram para a Europa ficaram registradas na língua: alicate, alicerce, azeite (quase todas as palavras começam com a, pois eram faladas depois do artigo árabe al). Até a preposição "até" veio do árabe, um caso raro de empréstimo linguístico.

As línguas indígenas e africanas também deixaram sua marca no Brasil – as indígenas descrevem a natureza exuberante, para a qual os europeus literalmente não tinham palavras, e as africanas impregnaram nossa cultura, especialmente a religião e a culinária. Hoje, muita gente acha ruim a influência inglesa na língua. Nacionalismos à parte, esse pessoal vai ter que suar muito se quiser mesmo livrar o português do Brasil de todos os estrangeirismos.

LÍNGUA - Basco, Celta e Fenício
INFLUÊNCIA - Quando os romanos apareceram pelas terras onde seria erguido Portugal, toparam com várias línguas que deram uma pequena contribuição ao português
PALAVRAS - Esquerdo, bezerro, bizarro, caminho, carpinteiro, cerveja, mapa, túnica

LÍNGUA - Línguas germânicas
INFLUÊNCIA - Em 409, os guerreiros germânicos invadem a Península Ibérica deixando palavras sobre o que mais entendiam: a guerra
PALAVRAS - Arreio, canivete, bando, trotar, banco, espora, faísca, falcão, guerra, cãibra

LÍNGUA - Árabe
INFLUÊNCIA - As palavras árabes assimiladas refletem áreas em que a cultura islâmica brilhava na Idade Média: militarismo, técnicas de produção, finanças, agricultura e culinária
PALAVRAS - Arsenal, alicate, alfaiate, almofada, arroz, alqueire, alvará, alfândega, azeite, açúcar

LÍNGUA - Chinês
INFLUÊNCIA - As especiarias que encantaram os portugueses entraram para a língua
PALAVRAS - Chá, leque, nanquim

LÍNGUA - Tupi
INFLUÊNCIA - Usado para a natureza brasileira, uma desconhecida para os portugueses do século XVI
PALAVRAS - Capim, caatinga, abacaxi, cipó, carioca

LÍNGUA - Iorubá
INFLUÊNCIA - Palavras dos cultos e da culinária afro-brasileiros
PALAVRAS - Orixá, candomblé, vatapá, acarajé

LÍNGUA - Quimbumbo
INFLUÊNCIA - A língua dos escravos de Angola influenciou várias áreas temáticas do português
PALAVRAS - Fubá, caçula, senzala, bunda, cafuné, samba

LÍNGUA - Italiano
INFLUÊNCIA - Termos das belas-artes e dos espetáculos do Renascimento
PALAVRAS - Camarim, cenário, florete, ópera, fiasco

LÍNGUA - Francês
INFLUÊNCIA - A grande língua irradiadora de cultura dos séculos XVIII e XIX. A influência francesa só diminuiu com a Segunda Guerra Mundial
PALAVRAS - Avenida, boné, chapéu, envelope, esquina, estrangeiro, paletó, lupa, gabinete, abajur

LÍNGUA - Inglês
INFLUÊNCIA - O inglês troca figurinhas com o português desde o fim do século XIX, mas a partir da Segunda Guerra Mundial a influência tornou-se massiva
PALAVRAS - Futebol, chute, bife, cheque, clube, pudim, sanduíche, túnel, turismo, estresse

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Boto cor-de-rosa em perigo de extinção

<br /> <a href="http://video.br.msn.com/watch/video/boto-cor-de-rosa-em-perigo/anh462pk?src=v5:embed:&amp;fg=sharenoembed" target="_new" title="Boto Cor-De-Rosa Em Perigo">Vídeo: Boto Cor-De-Rosa Em Perigo</a>

domingo, 10 de abril de 2011

Reportagem sobre gírias

Gíria

Palavras Indígenas

Palavras Africanas

Sotaques do Brasil

Língua do Brasil - Bloco 4

Língua do Brasil - Bloco 3

Língua do Brasil - Bloco 2

Língua do Brasil - Bloco 1

sexta-feira, 25 de março de 2011

Oscar Niemeyer e Brasília

Pioneiros de Brasília: Célio Menicucci

Pioneiros de Brasília: Kleber Farias

Pioneiros de Brasília

Brasília Artística

Brasília e a Fotografia

Brasília Musical

Brasília e o Cinema

Brasília Viva

Brasília Acadêmica

Samba-enredo - Mocidade do Gama 2010

terça-feira, 8 de março de 2011

Como funciona a BATERIA da Grande Rio

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Quem passou pela rua Barata Ribeiro, em Copacabana, na zona sul do Rio, no começo de janeiro, certamente ficou curioso ao ver um time de ritmistas chegar ao imóvel de número 181 vestindo a camisa da Grande Rio e tendo às mãos todos os tipos de instrumentos usados por uma bateria de escola de samba.
Sob o comando do mestre Ciça, Tuca levava seu chocalho, Formigão tinha o surdo de primeira, Júnior Baiano carregava o repique, Bigú da 15 transportava a caixa, Fabiano levava seu tamborim e Bruno tinha outra caixa. Também eram transportados agogô, atabaque, cuíca, surdo de resposta e outros instrumentos.
O grupo passou cerca de cinco horas em um dos estúdios da “Cia. dos Técnicos”, que funciona dentro de uma galeria e até 2009 foi o palco da gravação dos sambas-enredo que embalam a Sapucaí - em 2010 o registro passou a ser feito na Cidade do Samba, ainda sob os cuidados da companhia.
No estúdio, cada instrumento foi gravado separadamente, no ritmo do samba-enredo deste ano da Grande Rio, para permitir que o internauta conheça o som da bateria, considerada o coração de qualquer escola de samba.
O engenheiro Mário Jorge Bruno, responsável pela gravação dos discos de samba-enredo desde a década de 1980, comandou os equipamentos de som. Quem também participou foi a equipe de infografistas do iG, que ao longo das semanas seguintes preparou esse instrutivo infográfico. O resultado desse esforço agora está à sua disposição. Divirta-se!
Integrantes da bateria da Grande Rio no estúdio
Foto: Isabela Kassow
Integrantes da bateria da Grande Rio no estúdio

















Conheça os ritmistas: 
Moacir da Silva Pinto, o Mestre Ciça, tem 54 anos de vida e 38 de carnaval. É diretor de bateria desde 1988, quando assumiu a função na Estácio de Sá. Passou também por Unidos da Tijuca e Viradouro e está na Grande Rio desde 2010.
Janaíne Conceição Pereira da Silva, a Tuca, 26 anos, é neta de integrante da Acadêmicos da Rocinha. Interessada por música, ingressou na banda da escola e hoje é secretária da bateria da Grande Rio, onde toca chocalho.
Jefferson Dantas, o Júnior Baiano, 22 anos, integra a bateria da Grande Rio desde os 13 anos. Um primo foi diretor de bateria. Atualmente toca repique e dá aulas de percussão na Grande Rio.
Bruno Gentil, o Formigão, 23 anos, ganhou o apelido em 2000, quando desfilou na ala das crianças da Grande Rio com uma fantasia de formiga. Hoje toca surdo de terceira e é coordenador desse intrumento na escola de Caxias.
Alexsandro Silva, o Bigú da 15, 23 anos, é auxiliar de rampa no aeroporto do Galeão e aprendeu a gostar de samba com o irmão e um primo, que eram ritmistas. Hoje, Bigú toca surdo de terceira na bateria da Grande Rio.
Bruno Ricardo Domingues, 31 anos, toca em bateria de escola de samba desde os 15 anos, quando estreou na São Clemente. Aos 21 passou a integrar a Grande Rio, onde toca caixa.
Fabiano de Almeida Costa, 21 anos, estreou no carnaval aos 13 anos. Hoje toca tamborim na Grande Rio.
Mário Jorge Bruno é engenheiro de gravação e sócio-gerente da Cia. dos Técnicos. Junto com Laila, integrante da Comissão de Carnaval da Beija-Flor, Bruno é produtor do disco de sambas-enredo do carnaval carioca.
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