quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

Redação 4 - O homem e a terra



Você é funcionário de uma empresa que desenvolve projetos relacionados com o meio ambiente e não está de acordo com as medidas governamentais tomadas pelo Ministério da Agricultura. Com base nas informação oferecidas no vídeo "Reforma Agrária na aula de geografia" (5:57) e na unidade sobre a distribuição das terras no Brasil, redija uma carta às autoridades competentes ressaltando os problemas enfrentados no meio rural e a necessidade de uma reforma agrária efetiva e justa. Indique algumas medidas viáveis para resolver este problema tão antigo e sério. Mínimo 250 palavras.

4 comentários:

  1. Redação 4 – O Homem e a terra
    Ao delegado de governo municipal da área de políticas meio-ambientais,
    Assunto: Regulação das terras agrárias para um desenvolvimento justo e efetivo,
    Em atenção à problemática que resulta no desenvolvimento de projetos na área municipal é necessário darem uma resposta que resolva a difícil tarefa de fazer produtivas e eficientes as terras municipais.
    Com certeza a questão das terras é um assunto que excede qualquer esforço político a nível municipal. No entanto é necessário pegar algumas das ideias ativistas, que tornaram as ricas terras de nossa região num recurso mais acessível e em consequência mais produtivo, para fazer plataformas políticas organizadas e apoiadas pelas instituições municipais. De este modo se poderia fazer pressão nas políticas de maior escala territorial para dar uma solução mais generalizada.
    Quanto à situação local é preciso empreender ações de negociação com os diferentes atores que desenvolvem um papel importante na cena agraria. Sendo os latifundiários, os pequenos produtores que de fato produzem uma grande parte do produto da região, os empreendedores com projetos que possam dar saída as terras abandonadas, e finalmente, mas não menos importante, os moradores locais, sejam quilombos, indígenas ou camponeses, que mesmo que seu assentamento não tenha uma situação de regularidade, tem que ver a resposta política por terem tido desenvolvido a vida dos moradores em comunidade durante décadas, inclusive séculos, através de atividades locais numa exploração sustentável e respeitosa com a terra.
    É verdade que será um processo de negociação difícil, mas também necessário, pois se para os responsáveis das políticas de grande escala territorial é um assunto que transborda, e para os políticos de escalas municipais se sentem sem ferramentas e influenciados por lutas de interesses, ninguém vai atingir desabafar a situação que principalmente sofrem as pessoas com o desejo de desenvolver e dar saída ao imobilismo da propriedade.
    Agradecendo antecipadamente a atenção, meus melhores cumprimentos.

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  2. Prezado Comandante Carvalho,
    Sou funcionária da ProTerraMar, uma associação de empresas encarregadas pela UNESCO para identificar, delimitar e reconhecer espaços ameaçados ambientalmente desde que tenham possibilidades de serem explorados. Nosso compromisso é com o meio ambiente e a sustentabilidade mas também com a economia e com as povoações locais.
    Com motivo da ocupação que a Marinha do Brasil fez das terras do quilombo Rio dos Macacos (Baia) no ano passado, a denúncia seguinte por ameaças da líder do quilombo, Rosemeire dos Santos, e as queixas dos pescadores e agricultores da área, nos vimos obrigados a desenvolver ações para regulamentar a situação. Mesmo que a decisão do Ministério da Agricultura fosse registrar as terras como propriedade da Marinha do Brasil, a nossa organização não pode aceitar esta situação que deixa 50 famílias sem recursos. Como já disse ao começo da carta, ProTerraMar tem o apoio da UNESCO para atuar nas regiões ameaçadas pela mudança climática e do governo do Brasil para reinserir os trabalhadores afetados pela nova situação.
    Como o senhor já sabe, a ocupação das terras quilombolas, a proibição de cultivar as roças e a de pescar na praia não só têm deixado os habitantes do Rio dos Macacos sem recursos mas ainda estão contribuindo aos conflitos sociais, ao desmatamento ilegal (eles tem que comer) e a polução das águas e das florestas que agora ninguém respeita nem preserva. Além disso, as atividades desenvolvidas pela Marinha também estão prejudicando o meio ambiente. Segundo nosso estúdio os senhores não estão gerenciando bem os resíduos, pois não implantam as iniciativas necessárias para reciclar e reduzir o consumo elétrico, etc.
    Por conseguinte, é importante combinarmos uma reunião entre todas as partes interessadas: os quilombolas, o senhor e nós, com o objeto de atingir um compromisso que satisfaça a todos. Nossa experiência é que isto es possível. Vamos continuar trabalhando para alcançar o
    crescimento econômico e ao mesmo tempo o desenvolvimento sustentável.

    Atenciosamente

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  3. Prezado senhor Ministro de Agricultura:

    A necessidade de escrever esta carta surge da minha preocupação no que se refere ao setor agrícola do nosso país, e mais ainda, de uma reforma agraria que não tem acontecido, porém que se torna um dos principais problemas da agenda brasileira.

    O problema agrícola no Brasil radica na distribuição desigual da terra que existe há muitos anos no pais. Uma distribuição da terra que se converte numa questão histórica com raízes na época colonial. Uma questão que os diferentes governos brasileiros ainda não têm sabido solucionar.

    Senhor Ministro, o povo brasileiro vive numa contradição: embora muitos dos fazendeiros tenham grandes latifúndios sem usar, muitas famílias que moram no campo não têm terras suficientes onde poder cultivar para sobreviver. Isto é assim porque ao longo das décadas se foi dando continuidade ao reparto incorreto da propriedade, que abreu caminho a uma sociedade caracterizada por um grande número de terras nas mãos de poucos.

    Por muito que o Movimento Sem Terra e outras organizações tenham pressionado às instituições governamentais, a questão continua paralisada, e muita culpa disso se encontra na maneira como as pessoas entendem o problema da terra. Assim, enquanto os brasileiros não compreenderem que o uso social da terra não é uma opinião senão uma lei que deve ser cumprida, o problema ficará longe de ser resolvido.

    Além dessa continua contradição, o reparto desigual da terra gera outros problemas, que para uma funcionária que dedica sua vida ao desenvolvimento de projetos medioambientais, como é meu caso, são de vital importância. Entre todos eles, considero que dois precisam de uma pronta solução. De um lado, o aumento progressivo dos impactos ambientais que são ocasionados pelo derrubamento da vegetação originaria em grandes áreas para criar novos pastagens e cultivos agrícolas. E de outro lado, a invasão de terras indígenas e a destruição de seu habitat.

    Prezado Ministro, para concluir esta carta, lhe peço que impulse medidas que tenham como objetivo a solução deste problema tão antigo e tão ruim para nossa sociedade. Um dos elementos fundamentais para combater a desigualdade que caracteriza ao nosso país passa por solucionar o problema da desigualdade no reparto da terra. Por isso senhor Ministro, à medida que o governo desenvolver uma reforma agrária, se criará um novo setor agrícola no qual as terras estarão repartidas de maneira equitativa. Além disso, é preciso fazer uma delimitação das terras indígenas para proteger seu habitat e o espaço natural que lhes pertence há séculos. Mas não só uma delimitação das terras indígenas, senão de todas as terras, para que ninguém possa invadir arbitrariamente aquilo que não lhe pertence.

    Todos estes argumentos, senhor Ministro, me levam a dizer que a fim de que o povo brasileiro possa ver reduzidas suas desigualdades, e para que ninguém passe fome por não ter terra onde poder cultivar, é fundamental o desenvolvimento de políticas agrícolas que abram as portas a uma reforma agraria que já não pode esperar mais. O uso social da terra é um problema do nosso dia a dia, e o governo não pode fechar mais os olhos e fingir que não o vê. Deus queira que esta carta seja o impulso necessário para o governo ativar o maquinário político que leve adotar soluções a curto e longo prazo.

    Não se esqueça por favor, a redução da desigualdade passa pela mudança no reparto da terra.

    Muito obrigada pela sua atenção. Saudações.

    María Victoria Criado Bravo
    Diretora de Projetos Agrícolas na empresa Ecosistema

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  4. O homem e a terra
    Prezado Minestério de agricultura
    O primeiro que gostaria fazer é apresentarme para vocês. Eu sou María Larraínzar e trabalho para a empresa Ecoagrária. Eu escrevo para vocês para reclamar a atenção numa reforma agrária que considero urgente. Segondo dados da Agência Espacial Norte Americana (Nasa), o Brasil utiliza apenas 7,6% de su território com producão agrícola, delas 850 milhões de hectáreas que ocupa o território Brasilerio, portanto somente nosso país tem 64 hectares cultivados. Embora possa parecer que a quantía é boa, ela equivale à França e a Espanha juntas e todos sabemos que issos países são muito menores que o Brasil.
    Porém, isso pode ajudá-los para convencer aos brasileiros de que nosso país trabalha para manter o meio ambiente e a floresta mais na realidade é que você não quer mudar uma situação que vem do período colonial. No Brasil, apenas 20% das terras agricultáveis pertencem aos pequenos produtores familiares, segundo dados do Censo Agropecuário. Ainda segundo o Censo Agropecuário, mesmo com a pequena proporção das terras no país, a agricultura familiar é responsável por, por exemplo, de 87% da produção de mandioca, 70% da produção de feijão ou 38% da produção de café. Estas porcentagens sirvem para tornar visível a necessidade de democratizar melhor as propriedades rurais do Brasil gerando, pois, maior espaço para os pequenos produtores afastando parte dos territórios latifundistas, visto que alguns deles são totalmente improdutivos.

    O gran problema que eu velho é que temos uma carência de ajudas públicas para este setor. Eu não vou ser quem defenda o MST e a ocupação das terras, mas na Constituição brasileira de 1988 é escrito que as terras que não cumprissem sua função social deveriam ser desapropiadas. Ainda que esta política agrária seja uma herança colonial, acho que é preciso que tenhan em consideração uma reforma agrária justa, retirando os privilégios abusivos dos latifundistas e lutando pelos direitos dos brasileiros que não têm nem para comer. Um bom principio seria pôr fim à criminalização dos movimentos como o MST é começar a escutá-los. Não podem-se esquecer que vocês representam 190 milhões de brasileiros.

    Atenciosamente,
    María

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