terça-feira, 12 de março de 2013

Projeto Saúde Bombeiros

Famílias sob o governo de crianças


12/03/2013 - 05h00

A família está sob o governo das crianças, afirma pesquisadora

JULIANA VINES
DE SÃO PAULO
Theodoro tem dois anos e 11 meses e o apelido de "Theorremoto", ganho às custas de muita birra. "Não muito orgulhosa disso", a mãe, a estilista Marina Breithaupt, 32, diz que o menino manda nela, no pai e na irmã de 11 anos.


"Saímos quando ele quer, assistimos ao que ele gosta na TV. Ele quer tudo antes da irmã e decidiu que não dorme mais na cama dele, só na nossa", conta a mãe.

Adriano Vizoni/Folhapress
Theodoro,de dois anos e oito meses, no prédio onde mora, em Campinas
Theodoro,de dois anos e oito meses, no prédio onde mora, em Campinas

Se ouvir um não, o menino "faz escândalo, vira um inferno". A família deixou de ir a shopping porque Theo quer tudo o que vê. E só vai a restaurante que tem parquinho: um dos pais brinca com ele enquanto o outro come.

A última do garoto é não querer ir à escola. "Já acorda dizendo que não vai. Num domingo, resolveu que queria ir", diz Marina. "Sou rígida, mas acabo cedendo para evitar problemas. Ele tem personalidade dominadora." Ele e uma geração inteira de pequenos ditadores, na explicação de Marcia Neder, pesquisadora do Núcleo de Pesquisa de Psicanálise e Educação da USP e autora do livro "Déspotas Mirins - O Poder nas Novas Famílias" (Zagodoni, 144 págs., R$ 34).

"Vivemos uma 'pedocracia'", diz, dando nome ao fenômeno das famílias sob o governo das crianças. "Há 50 anos, elas não tinham querer. Agora, mandam." Segundo Neder, estamos no ápice da tirania infantil. "Muito se fala sobre declínio de poder paterno e ascensão do materno. Discordo. Quem ganhou poder nas últimas décadas foram os filhos", diz.
A falta de limites é sinal da derrota dos pais, na visão dela. "A criança foi a grande vitoriosa do século 20."

E não precisa ser mandão para manter o reinado. Mesmo sem espernear, os filhos têm as vontades atendidas e a rotina da casa organizada em função deles. "O adulto é um satélite em volta da criança", diz Neder, que considerada urgente um esforço pela retomada do poder adulto. "Vamos pagar o preço de ver esses tiranos crescidos."

quinta-feira, 7 de março de 2013

"Foodies" - Viciados em comida


03/03/2013 - 20h00

Viciados em comida chegam a gastar 60% do salário em restaurantes

BRUNA HADDAD
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Programa TV FolhaRodrigo Saraiva, 29, sempre ouviu do pai que não se deve economizar com comida. "Acho que estou elevando esse conselho para outro patamar", brinca o diretor de arte de cinema, que gasta cerca de 40% do salário em restaurantes.

Embora sempre tenha gostado de comer, o paranaense intensificou o hábito de frequentar restaurantes há um ano, quando passou a viver em São Paulo. Ao lado do namorado paulistano, sai, em média, cinco vezes por semana atrás de novos lugares.

Quem são os "foodies" paulistanos


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Julia Rodrigues/Folhapress
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A estilista Ana Paula Tieko, 28, no Attimo

Rodrigo gosta de comer, conhece lugares caros, gasta dinheiro com isso. Mas não é exatamente um gourmet --segundo o "Houaiss", aquele "que se regala com finos acepipes e bebidas".

Para definir tipos como ele, se popularizou na Inglaterra, nos anos 1980, o termo "foodie", que descreve aficionados de comida que não escolhem o restaurante pelo preço. Segundo o americano Paul Levy, coautor do livro "The Official Foodie Handbook" (manual oficial do "foodie"), de 1984, o significado se mantém atual. "Gourmets são elitistas e antiquados", afirmou à São Paulo.

Em comum, os "foodies" paulistanos têm menos de 30 anos, ganham salários entre R$ 3.500 e R$ 12 mil e não têm filhos. Esse é o perfil dos entrevistados que se assumiram como viciados em comida.

Em vez de gastar com carros, eletrônicos ou arte, "investem" em entradas, pratos principais e sobremesas. Alguns chegam a dedicar até 60% da renda mensal para bancar experiências gastronômicas.

A cidade, famosa pela gastronomia desde o século 19, favorece esse hábito. Hoje, segundo a Abrasel (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes), temos 13 mil restaurantes.
Para Nina Horta, escritora e dona do bufê Ginger, São Paulo é a terra dos "foodies". "Isso está mudando, mas no Rio, por causa do calor, o forte são os botequins", afirma a colunista da Folha.

Já para Marcelo Traldi, professor e pesquisador de gastronomia do Senac, a capital tem uma caracterização diferente em termos de comportamento de consumo --aqui, o mercado é muito desenvolvido. "A cidade tem docerias baratas e caras, especializadas em brigadeiro, quindim... O mercado maduro faz com que o consumidor aceite experimentar coisas novas."
E é o que o ele tem feito. A publicitária Mariana Ferreira, 23, troca balada, cinema e teatro pelo ritual que se desenrola entre o momento em que chega a um restaurante e o instante em que paga a conta. Gosta especialmente de saborear pratos feitos com cuidado e conversar com a pessoa à sua frente. "É um tempo que me escapa no dia a dia", afirma Mariana, que dedica 40% da renda mensal ao hábito. Quando viaja,
separa 70% para isso.

A estilista e "cool-hunter" Ana Paula Tieko, 28, mora em São Paulo, mas se divide entre temporadas de trabalho em Tóquio, Hong Kong e Xangai. Na semana anterior à conclusão desta reportagem, almoçou no The Gourmet Tea (Pinheiros) na segunda, jantou no Takô (Liberdade) na terça e, na quinta, comeu no Lamen Kazu (Liberdade) e no Suri (Pinheiros).
A estilista evita fins de semana para escapar da espera. Entre os entrevistados, é consenso que os melhores dias são terça, quarta e quinta. No domingo, só com muita disposição.


MESA PARA CINCO

Criada pela avó japonesa, Ana Paula passou a respeitar mais os alimentos após suas estadias na Ásia, onde, diz, "as refeições são sagradas". Além de viagens, é comum a formação gastronômica dos "foodies" vir da família.

Na infância, a administradora e especialista em saquês Ana Toshimi, 29, costumava sair para jantar com os pais e o irmão toda sexta-feira. Até hoje ela se lembra do aniversário de 12 anos, comemorado com a família e as amigas no Baby Beef Rubaiyat, no Paraíso.
Também guarda na memória os momentos em que provou lagosta --"nem sabia por onde começar"--, ovas, "escargot", sushi de vieira e "crema catalana", o doce da Catalunha semelhante ao "crème brûlée".

Hoje, Ana Toshimi, ao lado do marido, sai ao menos uma vez de segunda a sexta e sempre aos fins de semana. "Não que seja bom para o bolso e nem que eu meu orgulhe", brinca. Quando morava com os pais, chegava a deixar metade do salário em restaurantes. Hoje, a quantia diminuiu --ambos têm cozinhado mais em casa.

O publicitário Atair Trindade, 27, também lembra de experiências gastronômicas de quando era "moleque", como "polpettone". "Gosto de comida desde criança", conta ele, que reserva 40% para suas descobertas gastronômicas mensais. "Sempre que experimento algo novo, penso: 'Nossa, como pude viver tanto tempo sem isso!'", afirma.

Vitor Leal, 13, vive um período semelhante. Filho de psicólogos que "trabalham para comer", o adolescente enumera os quitutes que provou na primeira visita à Feirinha Gastronômica da Vila Madalena, no domingo passado (24) --taco, casquinha de siri, pastel, sanduíche de pastrami, polvo na grelha, uma tortinha de chocolate com paçoca e sorvete.

"Não tínhamos esse acesso", conclui a mãe, Andrea Leal, que costuma levar o filho a restaurantes como o Famiglia Mancini, na Bela Vista. "Ele adora, experimenta tudo e sempre repara em detalhes do ambiente."


Onde encontrar um "foodie"

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Karime Xavier/Folhapress
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EPICE: A paleta de cordeiro, a barriga de porco e os pescados chamam a atenção no restaurante do chef Alberto Landgraf

A CONTA, POR FAVOR

Os "foodies" endossam o coro de que a cidade está cara demais. Mas dizem que os valores são relativos --depende se o restaurante "entrega" o que cobra. "Em qualquer bistrô não deixo menos de R$ 140. Caro, para mim, é mais que R$ 400", diz Ana Paula, que gasta isso em dias especiais.

Quando a experiência impressiona, o publicitário Marcelo Colmenero, 29, não liga para a conta. "A degustação do Maní não é barata [R$ 310], mas eles são competentes. Dá gosto pagar, é uma forma de, como cliente, dizer que eles estão no caminho certo."

Delimitar quantias mensais ajuda a evitar a falência. Ana Toshimi fez um orçamento do quanto gasta com comida. Marcelo acompanha as faturas on-line do cartão de crédito. Perdulários, glutões? Ele não se lembra de ter ouvido piadas. "As pessoas veem como eu me empolgo, os olhos brilham, eles sabem que é importante pra mim."

Uma das diferenças, por definição, entre gourmets e "foodies" é que estes não vão só a estabelecimentos refinados. Parte da graça está em "descobrir". "Quando descobre um lugar bom e barato, o 'foodie' de verdade não vai pensar em status", define Nina Horta. Casas fora do circuito são alvos de disputas discretas. "Sempre rola um 'vou te falar um lugar que duvido que você tenha ido'", brinca Atair.

Ir a casas menos óbvias é uma opção para os que têm baixo orçamento. Outras alternativas são a comida de rua, não regulamentada na capital, e eventos como Chefs na Rua, que atraiu uma multidão na Virada Cultural.

"A gastronomia é voltada para um público mais velho, porque pessoas de 20 e poucos anos não têm grana", diz Danilo Nakamura, 27, formado na área e colaborador de publicações especializadas. Ele diz visitar restaurantes até sete vezes por semana, pagando do próprio bolso. Já chegou a gastar 60% do salário.

"Ter acesso a um tipo de alimento significa conhecer outros tipos de cultura", diz Marcelo Traldi, do Senac. Ele reconhece que São Paulo tem um cenário desenvolvido, mas perde para outras metrópoles: "Um nova-iorquino já provou quase tudo porque encostou em carrinhos na rua". Por "carrinhos", refere-se aos "food trucks", restaurantes em caminhões.

Maurício Schuartz, organizador do Chefs na Rua e da Feirinha Gastronômica, ouviu, durante o evento que promoveu na praça Ramos, em janeiro, a frase que para ele melhor define o cenário atual. Observava dois meninos de uns 15 anos na fila de uma barraca do Così quando um disse para o outro: "Mano, curto muito pato". Eram dois "foodies" em formação.

segunda-feira, 4 de março de 2013

Doação de órgãos

Expectativa de vida dos brasileiros

População brasileira atinge 194 milhões de pessoas
31/08/2012 19:00 - Portal Brasil

Os dados foram divulgados pelo IBGE e mostram que em um ano população do País aumentou 0,81%  

Em 1º julho deste ano (2012), a população brasileira alcançou 193.946.886 de pessoas, segundo estimativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) publicada nesta sexta-feira (31) no Diário Oficial da União.

Segundo os dados, a população cresceu 1,57 milhão (0,81%), em relação a julho de 2011. Pela projeção, o estado de São Paulo é o mais populoso, com 41,9 milhões de pessoas.

Depois de São Paulo, Minas Gerais é a unidade da Federação mais populosa (19,8 milhões), seguida do Rio de Janeiro (16,2 milhões), da Bahia (14,1 milhões), do Rio Grande do Sul (10,7 milhões), Paraná (10,5 milhões), de Pernambuco (8,9 milhões) e do Pará (7,7 milhões).

O município de São Paulo continua sendo a cidade mais populosa do Brasil com aproximadamente 11,4 milhões de pessoas (27% dos residentes no estado e 5,86% do total da população brasileira).

A divulgação das estimativas populacionais está prevista em lei, e os dados estatísticos são usados para o cálculo de indicadores econômicos e sociodemográficos do governo federal, além de servir de parâmetro para a repartição de recursos das políticas públicas e para a distribuição do Fundo de Participação de Estados e Municípios.

Conforme resolução do IBGE, a forma de fazer a projeção do tamanho da população no próximo ano será modificada. “Deverá incorporar novas informações relacionadas à dinâmica demográfica local e incluir procedimentos metodológicos alternativos, como aqueles que fazem uso de variáveis econômicas, sociais e demográficas em nível municipal”, diz o texto.

Em 2013, o chamado Sistema de Projeções da População do Brasil, será atualizado com as informações do Censo Demográfico 2010, das pesquisas por amostragem mais recentes (Pnad).

Censo

Em 2010, os brasileiros e as brasileiras participaram ativamente do levantamento do Censo 2010. As áreas urbanas concentram 84,36% da população, enquanto a região Sudeste continua sendo a mais populosa, com mais de 80 milhões de habitantes. 

Expectativa de vida dos brasileiros 

Expectativa de vida dos brasileiros aumenta 25 anos. Vários foram os fatores que propiciaram essa ascensão, dentre muitos, o crescimento econômico do país, acesso à água tratada e esgoto, aumento do consumo entre outros. 

De acordo com o IBGE, a média de vida de um cidadão brasileiro é de 72,7 anos. Expectativa ou esperança de vida corresponde à quantidade de anos em média que uma determinada população vive. Esse item é um importante indicador social que serve para avaliar a qualidade de vida de uma população de um determinado lugar.

Vídeo

Longevidade


A longevidade é necessariamente uma coisa boa?

Atualizado em  1 de março, 2013 - 13:54 (Brasília) 16:54 GMT
Foto: BBC
Alguns afirmam que obsessão com vida longa está levando a 'incapacidade prolongada'
Todos os anos, aumenta o número de pessoas idosas tanto nos países desenvolvidos como nas nações em desenvolvimento, graças às descobertas da medicina moderna para atrasar as fronteiras da morte, mas a longevidade é necessariamente uma coisa boa?
Na Califórnia, a forma física é levada a um extremo. Há lojas em Beverly Hills, local conhecido por sua obsessão com a imagem, apinhadas com comprimidos e fórmulas que visam prolongar a vida. Em Santa Monica, há tantos programas de treinamento ''boot camp'' e tantas sessões de ioga em parques públicos que autoridades locais já pensam em impor um limite.
''Na Califórnia, você pessoas se exercitando às 5h15 e isso ou faz bem a elas ou faz parte de uma psicose neurótica séria na qual elas estão infelizes porque estão ficando mais velhas'', afirma Ed Saxon, que produziu o filme Fast Food Nation, em 2006.
''Uma pessoa de 55 anos que imagina que deva se parecer com alguém de 25, se submetendo a cirurgias e se exercitando fanaticamente para que isso aconteça, tudo isso me parece uma má ideia. A obsessão em parecer mais jovem do que você realmente é."
Além da loucura em torno da forma física, existem os conselhos incessantes em torno do que se deve comer para permanecer jovem. Eu deveria tomar mirtilo, couve batida ou comer torrada sem glúten? E vinho tinto faz bem para mim ou não? E quanto ao chocolate?
Pode ser desconcertante, mas o objetivo é claro. A morte tem de ser adiada o máximo possível.

Incapacidade prolongada

''Nos Estados Unidos, se assume como fato que a longevidade é algo bom'', afirma Susan Jacoby, autora do livro Never Say Die (Nunca Diga Morrer, em tradução literal).
''Muito dessa crença irracional de que há coisas que você pode fazer para se assegurar contra a velhice e a doença tem a ver com o fato de que nós, nos Estados Unidos, realmente não gostamos de envelhecer'', comenta a escritora.
Jacoby, de 67 anos, faz duras críticas ao que chama de ''lixo de estilo de vida'' e ''lixo de suplementos alimentares''.
''Se você for olhar com mais atenção para essas pessoas que te dizem que você pode ser uma pessoa saudável aos 120, existe um homem ou uma mulher vendendo alguma coisa'', comenta.
A verdade, diz a autora, é que a maior parte das pessoas que vivem além dos 90 irão morrer após passar ''um período prolongado de incapacidade''.
''Nós estamos acreditando nesse mito de que como estamos atualmente mais saudáveis do que nunca aos 67 anos, estaremos assim também aos 87 ou aos 97. Mas a verdade é que graças a alguns avanços duvidosos da medicina moderna, que mantém pessoas vivas não importa o quê, é que será preciso refletir mais sobre como cuidar dessas pessoas.''
"'Se você for olhar com mais atenção para essas pessoas que te dizem que você pode ser uma pessoa saudável aos 120, existe um homem ou uma mulher vendendo alguma coisa."
Susan Jacoby, autora do livro Never Say Die
Em 1980, James Fries, professor de medicina da Universidade de Stanford, anteviu uma sociedade em que doenças crônicas seriam adiadas e reduzidas. Nessa sociedade, pessoas levariam vidas saudáveis e morreriam de forma relativamente rápida, reduzindo a quantidade de deficiência e incapacidade.
Fries chamou a isso de ''morbidez comprimida'' e seu trabalho foi creditado como o marco das origens do paradigma moderno para se envelhecer de forma saudável.
O problema é que é mais fácil aconselhar pacientes sobre como prolongar suas vidas saudáveis do que reduzir qualquer período de saúde em declínio.

Boa morte

Joseph e Anne Gias são um casal saudável na faixa dos 60 anos, mas eles se preocupam com os percalços da velhice. ''Não quero passar dos 80. Eu creio que entre os 80 e os 85 as pessoas se deterioram muito. Já vi muita deterioração nessa faixa etária e não quero que isso aconteça comigo'', afirma Anne.
A despeito dos temores de Anne, há exemplos de pessoas que levaram vidas longas e saudáveis. Quando Besse Cooper morreu em dezembro do ano passado, aos 116 anos, ela era a mulher mais velha do mundo.
De acordo com relatos, ela estava com uma saúde incrível e nunca se queixou de dores. Ela levava uma vida ativa e se recusava a comer ''porcarias''.
No seu último dia de vida, ela comeu um generoso café da manhã, fez o cabelo e viu um vídeo de Natal com amigos.
Besse morreu em paz à tarde, após ter sofrido problemas respiratórios. Ela é um raro, mas bom exemplo da morbidez comprimida, a que se referia James Fries - uma vida longa e saudável e uma boa morte.